PERMITA



Permita-me um amor sincero,

Com a cor dos sonhos sós,

Enaltecendo o coração que quero

Entregar-lhe, apenas, na dimensão veloz

De um sublime enigma, com esmero,

E com o suor que redime o verso, bem aqui, em nós...




Permita-me um amor imenso

E tão intenso que nem o céu alcance

Na profusão de estrelas que já penso

Dançando, ao vê-las, num romance

Entre o infinito e a paz, num verso denso,

Assim, disperso, e nada mais...




Pois brada, enfim, o amor já tão sem calma

Em cada átomo de uma estrela guia

E o universo, ao vê-la nesta alma,

Exulta o verso em pura nostalgia

De uma emoção que mal cabe nesta palma,

Coração que naufraga em doses de euforia.


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