AH! SAUDADE.

Estes versos são feitos apenas pelas minhas faculdades poéticas. Até porque um poeta não escreve para si mesmo. Muito embora a minha avessidade a palavra “Saudade”, pois não gosto e não sou propenso à nostalgia e muito menos a melancolia, que é um estado de tristeza intensa, e essa é uma das maiores verdades.

Muitas pessoas dizem que ela é uma recordação vibrante, porem eu me ponho discordante, mas não acho errado quem as tenha por confiança, porem eu prefiro ter “Lembranças”, assim sou vacinado contra “Saudade”, essa, que não me trás nenhuma confiança.

Apenas aconselho que aqueles que gostam de ter “Saudades”, que a faça sopitar, e procurem apenas deixar fruir através das “Lembranças” que são mais saudáveis, e não traz sofrimento e nem nos faça chorar, e matemos a “Saudade” antes que ela venha nos matar.

Ah! Saudade!

Palavra pequena, Lembranças, imagens, emoções sentidas.

Relações essenciais, recordações contidas, origem dos meus sonhos mais reais.

Ah! Saudade!

Descoberta de fatos, experiência passada, comoção de sentimentos.

Previsão de espera de uma chegada, mas sempre com uma vontade assaz ansiada!

Ah! Saudade!

Miragem, coragem, vontade de ouvir, sentir, pedir, dormir e não desistir. Flutuar na procura, esperar na ternura e voltar na lembrança de ainda ter Esperança.

Ah! Saudade!

De ouvir os sons, reunir à tua imagem, inalar todo o teu cheiro concentrado. Inspirar, relaxar, perceber a coragem do suspiro no Amor acabado.

Ah! Saudade!

Repousar nos teus seios, recostar no teu ventre, encontrar tuas respostas e formas de expressão. Penetrar no teu corpo e te permitir flutuar, acalmar meus alentos e me expandir de paixão.

Ah! Saudade!

Energia medida, expressão de um sonho, que no tempo te componho, separando, ampliando e crescendo consciente que nunca vai ter uma partida e nem mesmo um fim.

Ah! Saudade!

Que transformou no meu peito a esperança profunda e sem fim, essa lembrança calada, embora velada e guardada dentro de mim.