ME AME, VOCE ME PEDE!
ME AME, VOCÊ ME PEDE!
Me ame, você me pede.
Eu te atendo porque aprendo a te amar.
Mesmo que não me pedisse,
eu me ousaria te amar.
Porque o amar é espontâneo,
como o florir das flores em dias primaveris.
Amo-te, para que você também
aprenda a me amar.
Também te peço que me ame,
porque o pedir mútuo nos conforta a alma.
Não pensemos em nos amar,
apenas pelo apelo do corpo
tocado pelas mãos em carícias recíprocas.
Quem ama, é bom que saibamos,
é a alma. É ela que, com sede para amar,
bebe o amor de outrem. Doa-se
em água amorosa, a quem tenha sede
para beber de seu amor.
Nos olhemos, assim, como almas
que se amam de dentro para fora.
Deixemos sempre, para nossa satisfação,
as portas, as janelas, as casas
de nossas almas abertas, para que
o nosso amor possa entrar e sair
livremente unidos em corpos fluídicos,
quando estivermos em voos espirituais.
Agora, quanto aos nossos corpos carnais,
fiéis amantes nos momentos íntimos
que nos oferecemos um ao outro,
que sejam o reflexo edificante
de nosso amor. Que sejam a fonte perene
que transborda de amor do fundo
de nossas almas, que, quanto mais aprende
a amar, mais ama mutuamente,
porque o amor, para quem deveras
quer amar, ama a Deus, a si,
e ao próximo eternamente.
Escritor Adilson Fontoura