ME AME, VOCE ME PEDE!

ME AME, VOCÊ ME PEDE!

Me ame, você me pede.

Eu te atendo porque aprendo a te amar.

Mesmo que não me pedisse,

eu me ousaria te amar.

Porque o amar é espontâneo,

como o florir das flores em dias primaveris.

Amo-te, para que você também

aprenda a me amar.

Também te peço que me ame,

porque o pedir mútuo nos conforta a alma.

Não pensemos em nos amar,

apenas pelo apelo do corpo

tocado pelas mãos em carícias recíprocas.

Quem ama, é bom que saibamos,

é a alma. É ela que, com sede para amar,

bebe o amor de outrem. Doa-se

em água amorosa, a quem tenha sede

para beber de seu amor.

Nos olhemos, assim, como almas

que se amam de dentro para fora.

Deixemos sempre, para nossa satisfação,

as portas, as janelas, as casas

de nossas almas abertas, para que

o nosso amor possa entrar e sair

livremente unidos em corpos fluídicos,

quando estivermos em voos espirituais.

Agora, quanto aos nossos corpos carnais,

fiéis amantes nos momentos íntimos

que nos oferecemos um ao outro,

que sejam o reflexo edificante

de nosso amor. Que sejam a fonte perene

que transborda de amor do fundo

de nossas almas, que, quanto mais aprende

a amar, mais ama mutuamente,

porque o amor, para quem deveras

quer amar, ama a Deus, a si,

e ao próximo eternamente.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 15/02/2019
Reeditado em 04/01/2021
Código do texto: T6575845
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