Meu coração é uma estante
Você me diz não saber se expressar
Você tenta fugir quando toco no assunto
E eu, não consigo acreditar
Não que eu não acredite em você
Mas toda vez que te vejo sorrir...
Faz-se cair por terra toda e qualquer afirmação
E eu te olho a questionar, será?
Se um dia você chegar a ler o que te escrevi
Vai saber que, enfim, foi pra você?
Tu tem me inspirado, bem além da minha falta de noção
E hoje, não só meus pensamentos são confusos
E outra vez, você diz...
Diz talvez, incerto, que tem medo do tempo me levar
Mas sinceramente, só você pode...
Só você pode me levar
E eu ainda estou aqui pensando
Naquilo que você diz
Você fala muito, mas pouco do que eu queria escutar
Eu preferia ouvir, quem sabe, sobre você
Onde tudo começou, mas nunca ao ponto de parar
Eu deveria te dizer que eu não sei...
Me expressar, explicar, ficar sem te olhar
Versos soltos, meu modo louco de viver
Talvez um cigarro no cinzeiro saiba mais do que eu
Já provou de bocas em bocas e uma hora, virou cinza
Mas hoje além de toda essa fumaça no ar, eu pude vê
O brilho que há no seu olhar, algo que não posso descrever
A base de chá, vejo o tempo passar, o corte a regenerar
Subjetivo o que você diz
E eu, respiro, não é como tatuagem que não pode se apagar
Mais fácil a remoção da mesma do que minha mente te esquecer
Um tanto confuso mas sigo a falar
A alma de um poeta, colecionando palavras que o tempo deixou
Mas no meu coração, seu nome ficou.