TU MEU MAR

Eu, penhasco tão alto

distante, com a cabeça perdida

no cerúleo límpido e infinito

de céus distantes!

Tu, mar índigo no marinho

anil revoltoso em ondas

encapeladas se

esboroando revoltas, vindas

de tão distante e no verdejar!

Sob as escumas a lamber-me

os pés, as pernas em delírios,

desejando-te como um tufão

das noites claras sob as luas

a riscarem teu corpo

de todos os meus desejos!

Eu, penhasco me desfaço

em pedras roladas

ao sabor dos teus beijos

e seja a vida um ensejo

de tantos desejos de mar

e penhasco!

Tu, meu mar, meu lar, meu cais

onde, um dia, se milagre houver,

ser-te-ei a enseada amada

por onde todos dias adentrarás

minh'alma, de solidão cansada!

Eugênia L.Gaio

Eugenia L Gaio
Enviado por Eugenia L Gaio em 13/02/2019
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