A CABANA DA ANA DE NEVE

Nos imos daquela cabana,

com um porta-penas na mão,

me punha a tecer um poema,

da mui decorosa canção;

Lembrando da Ana de Neve,

formosa de pele caucásia,

dos róseos lábios carnudos,

dos olhos cor de tanásia;

Lembrando dos vastos cabelos,

caídos na negra cascata,

do rosto tenro e singelo,

vistoso e de graça nata;

Os gestos da nobre donzela,

de amor condolente em ação,

desvelava a benevolência,

do avultado coração;

A serenidade da dama,

de trato raro e cortês,

fazia pensar no repente,

de um suntuoso talvez;

Talvez a gente se visse,

e deveras sempre se amasse,

talvez a gente se unisse,

e juntos deveras ficasse;

Deleitei-me na ternura,

do timbre angelical,

no belo canto da ninfa,

que não me anceiava mal;

Deleitado na candura,

de um sensato coração,

mergulhei na nostalgia,

do sonho recordação;

A donzela era graça,

graciosa de se ver,

a donzela era graça,

de engraçada a valer;

Evoquei-me nas lisuras,

da dama subliminar,

cada gesto inconsciente,

conduzindo-me a amar;

Acordei-me deste transe,

estava só na solidão,

nos imos de uma cabana,

com um porta-penas na mão!

Jeferson Siminato Oficial
Enviado por Jeferson Siminato Oficial em 08/02/2019
Código do texto: T6570246
Classificação de conteúdo: seguro