Um Segundo
O amanhã amanheceu nublado
A noite foi uma eternidade
A cama, de longe, só saudade.
E no pensamento, um mundo.
Ilusões e sonhos, tudo em apenas um segundo.
O desconforto do leito, olhos avermelhados de sono.
E o anjo que repousa ao lado, dorme em silêncio.
Com as paredes, dor e solidão.
Eu vivo a pensar.
A madrugada parece nunca terminar.
Deito e levanto, levanto e deito.
O caminho até a sala se torna infinito.
E no pensamento, um mundo.
Fantasias e um futuro incerto,
Tudo em apenas um segundo.
O amanhã, amanheceu sem brilho,
Sem sol, fechado e com indicativos de chuva.
A insônia retrata o sofrimento do boêmio.
Que de um lado para outro anda sem destino pela casa.
Interminável dia. Os ponteiros do relógio não querem trabalhar.
E assim, depois dessas idas e vindas,
O dia dá boas-vindas
O amanhecer, que antes era um desafio,
Nasce e sugere a esperança
Da aurora que descansa
No leito de um rio.
E no pensamento, um mundo.
A paz, o sorriso, a felicidade.
Tudo em apenas um segundo.