Se
Se o sol estiver em seus olhos nublados
Eu impedirei que seu olhar turve-se
Então segure minha mão e levante-se
Pois os dias árduos já foram percolados
Se o seu astro brilhar junto ao meu
Os sentimentos irão defluir por grandes campos
Um rio recíproco será nosso apogeu
Nas noites seremos vistos como dois pirilampos
Desde um passado de uma ode ao afogamento
Tentei Nadar até a margem contra a correnteza
O ônus nuveou-me ao fundo da incerteza
Para um futuro de uma fagulha ao afogueamento
Doravante de lume recomposto ao luar nas trevas
Se minha cerne predizer o fardo que tu levas
A flor-de-lis residirá em seu quintal
Envolta por uma decoração ornamental
Isto posto,
Se o sol situar-se em meus olhos prateados
Tu presenciarás quando eles escurecerem?
Porque chegará o dia deles esquecerem
Saiba que não estão mais assoreados
Se o rio seguir o seu curso natural
A corrente defluirá o meu corpo pelo fluido
Até que por um simples descuido
O singular torna-se essencialmente plural
Assim sendo laços unidos pelo acaso
Atirado até a sol como uma bala de uma arma
Desde que o rio não esteja raso
Contudo o factual mais uma vez alarma
Que não depende apenas de minha pessoa
Atravessaremos ilhas até os confins
Se da mesma forma o seu coração soa
Então poderei mostrar-te os meus jardins
Oliver Yeager
6 de fevereiro de 2019