Resquícios de Madrugada

As marcas no guardanapo

Denunciavam noite alta

Respingos de vinho tinto

Em lamentos de tua falta

No balé das madrugadas

De um garçom que vem e vai

Tresnoitada folha vazia

Em palavra que não sai

Meu verso se angustia

No desencontro da rima

Um jardim de folhas secas

Que não brota obra-prima

Tua sombra, meus fantasmas

Vagueiam em noite escura

Te encontro em cada esquina

Perdido em minha loucura

Púrpura linha do horizonte

Divisa do lume e o breu

Na alvorada dos meus dias

Vive um amor pra sempre teu

Bruno Seligman de Menezes
Enviado por Bruno Seligman de Menezes em 05/02/2019
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