ESTAÇÕES
Amor, quantos espinhos há na tua haste
Arranhando a solidão aqui no meu peito
Errante nos sóis e chuvas, em ser eleito
Entre estações sós, num triste contraste
As que às roseiras, nas manhãs formosas,
Disputo eu mesma às asas inquietas
Das lindas, loucas borboletas.
Gosto de ter, na minha sala, rosas.
Pensar que custa tanto, tanto desgaste
Quando poderia ser diferente, ser feito
Com companhia, desde que chegaste
Hoje, esquecendo ingratidões mesquinhas,
Alimento a ilusão de que essas rosas,
Ao menos essas rosas, sejam minhas.
LMBLM
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