YVLIA
Contemplo de olhos secos nossa tumba,
mortuário oculto ao peito com afinco.
Perfumado de rosas brancas à penumbra,
cerceadas em redor dum ataúde cardíaco.
Nada a exumar, repousam nele só alcunhas.
Num resvalar e memorar de viver meramente onírico,
donde lhe arranquei um olho em raivoso fincar de unhas
...Ah, visagem dum crânio empalado que fez-me tão pacífico!
Ao centro dum círculo de ossos a estaca posta...
...Ossos seus ou ossos meus, esqueleto imaginário.
Você fantasmagórica, eu etéreo, não formamos ossuário.
Contemplo de olhos secos a lacuna
sobre a qual se senta ela com elegância.
De rosa aos lábios, sorri-me com repuna
e pede que apague meu cigarro... nunca agradou-lhe a fragrância.