FRIA E ESCURA
Noite
Aquela meia luz
Na rua
Era setembro
Eu bem me lembro
Como se não houvera
Passado nenhum dia.
Os lábios trôpegos
Não queriam sair
As mãos andavam tão
Coladas
Formadas sob o seu instinto
Indo e vindo
E o seu brilho no olhar
Não cessava
Descobrimos então o bom
Os dons pequenos são
E salvo de nada
A morada quer ser
Tudo aí conspira
Tudo ai conspira
Pra gente se entregar.
Pra gente continuar...
O verão vai de novo chegar
E pode ser que a gente dê
Mais que certo.