FRIA E ESCURA

Noite

Aquela meia luz

Na rua

Era setembro

Eu bem me lembro

Como se não houvera

Passado nenhum dia.

Os lábios trôpegos

Não queriam sair

As mãos andavam tão

Coladas

Formadas sob o seu instinto

Indo e vindo

E o seu brilho no olhar

Não cessava

Descobrimos então o bom

Os dons pequenos são

E salvo de nada

A morada quer ser

Tudo aí conspira

Tudo ai conspira

Pra gente se entregar.

Pra gente continuar...

O verão vai de novo chegar

E pode ser que a gente dê

Mais que certo.

Maria Mariane
Enviado por Maria Mariane em 27/01/2019
Código do texto: T6560703
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