O RENASCIMENTO DE ORFEU
Vontade de morrer de amar
Como quem é adolescente outra vez
Voltar a sentir o frio de ansiedade
Voltar a suspirar de sonhos e músicas
Voltar a beijar, beijar, beijar
Voltar a sonhar, sonhar, sonhar
E brigar por amor num duelo de honra
Mas a amada é de enigmas, sonhos e poesia
E linda, linda, mais linda que as princesas reais e dos contos de fada
Ela não diz que ama
Ela tem outra vida
Tão longe da minha vida
Tão perto da minha vida
Tão perfeita que ela não é desse mundo
Veio aqui só visitar os mortais impuros...
Mas a amada é uma flor em outro jardim
E eu detesto perder!
Desde criança, detesto levar um não!
Fico calado sem atitude
Por que ainda não sei ler mentes
Ela, nas entrelinhas, é minha, só minha!
Mas nas atitudes eu não a entendo, enigma de perdição!
Amo minha família que está só abaixo de Deus!
Amo esta mulher com jeito de adolescente tão lívida, tão leve, tão louca, tão longe...
Quando será o dia do eterno verão?
Será que virá o dia da eternidade de amar?
O dia do amor eterno como um sacramento?
O dia da paixão sem limites, eterno no cotidiano que virá depois..
Eu a amo demais! Não suporto esse peso no meu peito
Esse nó na garganta
Ela está presa num vendaval...
E nem vê que sofre...
Quem sofre é como os deuses dos mundos baixos
Não sabem o quanto sofrem...
Não sabem que existe o amor
Não sabem como é bom ser feliz!
Mas vou resgatá-la como Orfeu
Que resgatou sua amada dentro dos infernos!