Acrômico
muito não seria
não queria que fosse tanto
verde cores preto e branco
verde novo coloria
porque só um sono mal dormido
à coléra de hypnos me sujeitando
enxugaria um alvinegro pranto
matizado em sonho vivido
enquanto impaciente desperto
luz, verso, vela acendo
é só um corpo aquecendo
em mim quando chegas perto
a face voltada além consciência
nos lábios algo que nunca vi
destarte sábio que sempre cri
numa crua impureza da essência
sem choro, rotina ou lente
tomam cores retinas presentes
e nunca vez ou outra serotonina
bom te ver, te ter menina
rogo ansiosamente
bom te ter de vez em sempre