Acrômico

muito não seria

não queria que fosse tanto

verde cores preto e branco

verde novo coloria

porque só um sono mal dormido

à coléra de hypnos me sujeitando

enxugaria um alvinegro pranto

matizado em sonho vivido

enquanto impaciente desperto

luz, verso, vela acendo

é só um corpo aquecendo

em mim quando chegas perto

a face voltada além consciência

nos lábios algo que nunca vi

destarte sábio que sempre cri

numa crua impureza da essência

sem choro, rotina ou lente

tomam cores retinas presentes

e nunca vez ou outra serotonina

bom te ver, te ter menina

rogo ansiosamente

bom te ter de vez em sempre

Rangel Paiva
Enviado por Rangel Paiva em 23/01/2019
Código do texto: T6557198
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