O Poema que Virou Pó

Poema que na beira da estrada

pede carona para qualquer lugar

aonde quer vá, não vai dar em nada

porque este poema não sabe falar

Enquanto o dedo apontado espera

e a primavera passa lenta

o poema se espanta e se apimenta

na tonalidade das gérberas amarelas

Na doce magia azul

de um céu que se incendeia na paixão

é o brilho da noite de lua

olho que flutua no céu

e no coração

a brisa suave que vem da rua

e o poema se enche de emoção

E assim o poema que nada pode dizer

no esplendor da utopia

de mesmo sem falar... viver para ver

quando chegar o dia

logo após o outono

e ter fechar o paletó

o inverno estar às bordas do seu sono

e restará do poema apenas o pó.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 22/01/2019
Código do texto: T6556543
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