Outra vez chove
Gilberto Carvalho Pereira, Fortaleza, CE, 12 de janeiro de 2019
A chuva cai molhando seus pés
Molha também sua alma de amor
Que murmura sem nenhum viés
Palavras belas com muito pudor.
Quisera ser gotas dessa chuva
Escorregando sobre o corpo dela
Vencendo suave como uma luva
Em volúpia, mansinha sobre ela.
Um passeio delirantemente belo
Qual travessia em um mar calmo,
Sem ondas, fim de tarde singelo.
Cautelosa, molhando suas pernas
Deixando úmido todo o seu corpo
Ficando assim, em vidas eternas.