POEMA ÉBRIO
Em tua porta, desacompanhado,
Por trás das cortinas de brim,
Eu que busco dar satisfações a mim,
Olho-te apaixonado e seguro meu cajado.
Das calçadas o transeunte te vê
E em teu sorriso se percebe tristeza,
Pois intensa timidez prende-te a cabeça
A qual pende sedada a assistir tua tv.
Sei que agora ou nunca terás alguém
Que haverá de ti tua solidão também
E ambos choram ou sorriem de alegria...
Porém eu estarei sozinho, no anonimato,
A amar-te no silêncio do meu regato
Que são lágrimas que caem de nostalgia!
DE Ivan de Oliveira Melo