Tantos erros em mim

Perdoa-me...

Pelos plurais que já não coloco...

São tantos os verbos que me confundo...

Não sei se ando só ou ando junto...

Há tantos erros em mim.

Perdoa-me...

Pelos versos mal rimados...

pelos caminhos não andados

E pelo silêncio que coexiste em mim.

Perdoa-me...

A impertinência das próclises...

e o abuso das elipses... É preciso

esconder o nós que vive em mim.

Perdoa-me...

as vírgulas desajeitadas...

colocas no meio da estrada,

separando o sujeito do fim.

Perdoa-me...

por tantas desculpas... por querer

juntar minha alma a sua...

Por já não poder errar (viver) sem ti.