DELÍRIOS DO CORAÇÃO
Após velejava nos ventos de tempestade
Cansado, sentei no barco solidão
De onde vi o amor navegar no mar da vida
Enquanto eu ali, desnudo e sem guarida
Pisava de pés descalços nas águas da aflição
Eis que do nada, quão bela feito fada
Surgiu você, esplendida quanto uma noite de plenilúnio
A flutuar nas estrelas numa cascata de luz
O homem que habita em mim
Logo se apaixonou de forma trôpega
Pela sôfrega mulher que existe em você
Diga-me óh mulher do coração dourado
Acaso quando choras teus olhos
Não vertem água de coco?
Doce e com sabor de pecado?
Ao teu lado ouço a sinfonia dos arcanjos
Com os acordes do coração tocando banjo
Convidando-nos para uma valsa dançar
Venha!... Venha leve feito pluma
E suave feito aragem do amanhecer
Se vista com o véu prateado da lua
E aqueça-me o corpo junto a você
Ame-me com a fugacidade dos felinos
Deixe a paixão seguir o curso do destino
Por fim, beije-me com as flores do coração,
E tire-me o fôlego em um beijo único...
Mas de amor eterno.