DELÍRIOS DO CORAÇÃO

Após velejava nos ventos de tempestade

Cansado, sentei no barco solidão

De onde vi o amor navegar no mar da vida

Enquanto eu ali, desnudo e sem guarida

Pisava de pés descalços nas águas da aflição

Eis que do nada, quão bela feito fada

Surgiu você, esplendida quanto uma noite de plenilúnio

A flutuar nas estrelas numa cascata de luz

O homem que habita em mim

Logo se apaixonou de forma trôpega

Pela sôfrega mulher que existe em você

Diga-me óh mulher do coração dourado

Acaso quando choras teus olhos

Não vertem água de coco?

Doce e com sabor de pecado?

Ao teu lado ouço a sinfonia dos arcanjos

Com os acordes do coração tocando banjo

Convidando-nos para uma valsa dançar

Venha!... Venha leve feito pluma

E suave feito aragem do amanhecer

Se vista com o véu prateado da lua

E aqueça-me o corpo junto a você

Ame-me com a fugacidade dos felinos

Deixe a paixão seguir o curso do destino

Por fim, beije-me com as flores do coração,

E tire-me o fôlego em um beijo único...

Mas de amor eterno.

Marcos Antônio Lima
Enviado por Marcos Antônio Lima em 09/01/2019
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