Vontades
É madrugada.
Vizinha das noites tão minhas,
se aninha nas serestas coloridas,
na malandragem do amor.
No silêncio sensual, sedução nada
casual.
É madrugada quente, fora e
dentro da gente, uma delícia
de carícia proposital, acende
os olhos num olhar previsto,
gemidos e ais, num corpo carente
as vontades são quentes;
prazer entrelaçado, corpo molhado
de amor.
Uma lua fantástica se despede,
até mais tarde, num brilho que arde.
Marisa de Medeiros