Mil palavras

Vejo você no sussurrar da minha alma

Quando no silêncio minha fábrica de ilusão

Se aperta quase cerrada à melancolia próspera

Uma lágrima solitária quebra e logo se espalha

Ouço-te no brilho dos meus olhos

Onde sua imagem se imortalizará

Cristalino tenaz com ela minha vida atormentará

Tanto pra te dizer nada pra te falar

Mil palavras lançadas ao vento

Todas pensadas jamais pronunciadas

Um eterno rio de pensamentos

Onde diluída fora minhas vontades

Se perderá o direito de sonhar

Nessa aquarela de apatia

Sigo colorido meu mundo de cinza

Sem medo da vida, pois no peito nada oscila

Nem mais sinto pulsar por nenhuma emoção

Por mil palavras não ditas

Por outras mil mal entendidas

À vida segue seu rumo

Eu um veleiro no vazio do oceano das minhas lágrimas

Só queria dizer três palavras que meu coração sussurrará Eternamente

Eu te amo !

Ricardo do Lago Matos