OS MEUS BRAÇOS SEMPRE ABERTOS PRA VOCÊ.
As minhas nuvens agora são de algodão, e a minha canção é sufocada pelo som do meu grito, o meu pensamento está contrito, e as minhas histórias são contadas em cada gota de chuva caída, uma saída para onde o vento encontrar abrigo, tomando um antigo lugar na minha mente, a partir de um abraço forte e inocente. E todo esse tempo eu não vi mais você na minha frente, e agora estou sem a tua voz, sem a tua alma, e o nosso enlaçamento ficou através de um anel, é quando dou conta das minhas flores do momento, e que agora são somente de papel.
Já não consigo te ver através dos meus olhos já um tanto entorpecidos, porem mantidos com as portas e braços abertos, até conduzir você para bem mais perto de mim, enfim, eu estou tentando desacorrentar a minha dor, e transpor a minha insensatez, afogar as nossas cinzas na placidez, ou talvez, em um doce silencio como testemunha fiel de um argumento, um momento imaginário do meu refugio adormecido, de um juramento contido pelo teu reconhecimento.
Eu bem sei o que se encontra além do meu pesadelo, pois foi esse o modelo em que eu construí o meu próprio mundo de fuga, buscando na chuva um lugar já ultrapassado na minha mente, no brilho de um reluzente instante, no compartilhar da tua mão sempre vibrante. Eu hoje tenho guardado pedaços pequenos da tua reminiscência, e tento enxergar através dessa transparência, a diferença entre eu e o teu reflexo, nesse anexo em que estamos ligados, e o qual somos aliados, nessa que será a nossa eterna convivência.