O meu Pôr do Sol em nuvem

Eu trago vida com tinta,

Com uma pincelada pinta,

E pinta um clima,

Clima de tensão,

Climatização,

Climatiza uma ação,

Eis que me ponho em frente minha maior realização,

A minha própria romantizaçao,

Não se vive somente de pensão,

Tem que fazer valer torcer o tendão,

E eles dão,

Frutos e até mais,

Dá sede demais,

Sede de amar,

De me (nos) encontrar,

Ao meu Deus clamar,

E achar,

Achar que não está bom,

Sede desse vermelho do batom,

Da pintura com um tom,

Maldição ou dom?

O que melhor se diz de um autor é somente sua obra,

O tesão transborda,

A imaginação sobra,

Mas a vida cobra,

E ela acorda,

Autor de escrita e ser pintor sem borda,

Um masoquista e sua corda,

E ele acorda,

Escrever é trazer ao mundo uma paisagem de rimas,

Paisagens e seus climas,

A igreja e suas crismas,

Mas a maior pintura de um casal,

É sua paixão descomunal,

Seu sentimento mútuo irracional,

Que queima como o hino nacional,

Chamo de obra prima uma certa alguém,

É um por do sol em nuvem,

Que nu vem,

Não é a pedido de ninguém,

E ela me faz,

Faz querer muito mais,

É a pomba da paz,

Que paciente,

Espera pelo amante ardente,

Passa a língua contra a carne,

Que me arrepia, que me pasme,

Eu vejo o melhor sol poente,

Que põem sem dó e língua no dente,

Essa nuvem é só uma peça,

Uma peça de roupas dessa,

É muito fôlego que me empresta,

É uma obra que se trabalha até amanhecer,

Cheio de manha,

Que nos faz um ser,

Que não se acanha,

A parede e uma aranha,

Sobe e escala,

Os dois perdem até a fala,

Corpo suado e noite clara,

Boca molhada e pele suada,

Deixa que o corpo trabalha,

Ninguém atrapalha,

Agora voltando ao que estou criando,

Estou delirando,

Pois leitura parte de imaginação,

Tem que imaginar a situação,

Dom de artista mas mente de crianção,

Estou fazendo uma criação,

Desse sol que vejo e me cego,

Não alimenta o próprio ego,

Então é o por do sol coberto em nuvem,

Que nu vem,

E não pertence a mais ninguém,

Só a mim,

E pra me amar nem precisa de gin,

E enfim,

Infelizmente tudo é fantasioso,

Estou longe e ansioso,

Será um reencontro maravilhoso,

Que quando eu fazer acontecer essa arte,

A pessoa a quem faço parte,

A minha peça se encaixe,

E naquele reencontro,

Eu e ela num encontro,

De sono tonto,

Mas a vendo logo de cara,

Meu tempo todo para,

Quero que ela me encara,

E que a minha doença de tanto te amar, Sarah.

Corvo Cerúleo
Enviado por Corvo Cerúleo em 07/01/2019
Código do texto: T6544793
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