ALMA POETICA
ALMA POÉTICA
Faço poesia,
porque toca-me o coração,
a alma amorosa,
que oferta a flor
colhida no limiar da fresca
manhã, a outra alma,
cujo olhar
angélico me encanta
(porque lhe brota
da beleza
interior), que lhe realçam
os gestos singelos.
Faço poesia,
porque sinto no perispírito,
o toque leve
de outra alma,
que me acaricia com delicadas
mãos perispirituais,
róseas como a beleza
do ocaso no fim da tarde,
que apenas leva
da flor,
a suavidade
de sua fragrância silvestre.
A poesia, assim,
se faz espontânea
a cada instante que a alma
acha no tempo,
um motivo interessante
para fazer brotar
os versos
que a natureza lhe presenteia,
e que ela
(a alma poética),
os compartilha
com outras almas,
igualmente sensíveis a poesia.
E antes,
eu não sabia,
que fazendo poesia,
podia sentir,
ver almas falando de amor
para outras almas;
e desde então,
não me canso de fazer poesia,
porque,
quanto mais a faço,
me convenço
de que o amor, é o bem maior
que edifica
a consciência eterna,
porque expressa
a Luz da Pureza Divina.
Escritor Adilson Fontoura