Papoula Vermelha

Gostava de Heavy Metal

E ela, de poesia

Hoje, gosto de poesia

E ela nem tanto

Prefere mexer o bumbum no Funk

[... a vida é assim mesmo,

uma contra mão danada!]

Ela vive de balada e coisa e tal

Não sabe mais quando é noite ou é dia

Numa performance de total maestria

E eu aqui sem escutar qualquer canto

Fugindo da cidade como caranguejo no mangue

O melhor dos desencontros vem no encontro

Ela é papoula vermelha se abrindo

Eu, beija-flor sugando o mel direto na fonte

Com o Sol a pino, em pleno domingo

Rabo de sereia também encanta um monge

Mas não esqueçamos

Da papoula se extrai o ópio

Que nos leva do sorriso aos prantos

Sendo o amor apenas prelúdio do ódio

Jão Hugojony
Enviado por Jão Hugojony em 02/01/2019
Reeditado em 02/01/2019
Código do texto: T6540783
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