Papoula Vermelha
Gostava de Heavy Metal
E ela, de poesia
Hoje, gosto de poesia
E ela nem tanto
Prefere mexer o bumbum no Funk
[... a vida é assim mesmo,
uma contra mão danada!]
Ela vive de balada e coisa e tal
Não sabe mais quando é noite ou é dia
Numa performance de total maestria
E eu aqui sem escutar qualquer canto
Fugindo da cidade como caranguejo no mangue
O melhor dos desencontros vem no encontro
Ela é papoula vermelha se abrindo
Eu, beija-flor sugando o mel direto na fonte
Com o Sol a pino, em pleno domingo
Rabo de sereia também encanta um monge
Mas não esqueçamos
Da papoula se extrai o ópio
Que nos leva do sorriso aos prantos
Sendo o amor apenas prelúdio do ódio