Nada sentir



Aquela mulher
bonita e charmosa
que todo dia desfila
pela calçada da rua
enfrente a casa
onde eu moro.
Ela viveu comigo,
ocupou minha cama.
Mil vezes, seu corpo eu amei.
Quantas vezes, seus lábios beijei.
Mil vezes, ela me jurou amor.
Quantas vezes, eu satisfiz seus desejos.
Hoje, quando passa por mim.
ela baixa a cabeça e finge
que não me conhece.
Mas, quando chega na esquina,
ela vira a cabeça e me olha
depois vai embora sem nada dizer.
Entro em casa fingindo, nada sentir.
Mas, na solidão de meu quarto.
eu choro baixinho chamando por ela!


Balneário dos Prazeres: 15 / 09 / 2007