BUQUÊ

Tu és como flor

Flor, em teu cheiro

Flor, em seu toque

Deixa-me em torpor.

De seu orvalho,

Escorre o líquido abastado

De mulher apaixonada

Que nunca senti.

Quem seria tão cruel?

Para podar-lhe

E enclausar-te

Em vaso tão cruel

Retiram-te a luz do sol

Para te colocar debaixo de um teto

De mentiras seletas

Sem brilho

Nem cor

Basta! basta desse horror;

Nunca mais haverá claustro

Apenas terra infinita

Para esticar suas raízes

E colorir aonde for.

Foi-se, se foi o tempo de dor.

De medo, falsas promessas.

Só sobrou a coragem que mora em seu amor.

Em seu amor inocente,

Em seu amor de menina,

Em seu doce amor de flor.

André M Carneiro e Brayan T Nascimento
Enviado por André M Carneiro em 01/01/2019
Reeditado em 01/01/2019
Código do texto: T6540280
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