ATRAVÉS DOS TEUS OLHOS DE AMOR.

Eu ainda respiro através das tuas lembranças guardadas em mim, e que conduz você até o meu real interior, como se eu pudesse me ver em meio a um jardim, através dos teus olhos de Amor. Eu me tornei uma alma entorpecida, que mesmo cálido, repousa em um lugar frio, com as portas abertas, e com a chave do cadeado um tanto retorcida, e o segredo invalido, dentro desse imenso vazio.

Eu tento a todo o momento, abrir os meus olhos para a vida, para o próprio tempo, para simplesmente não deixar que a tua lembrança me faça guarida, e que me habite só em pensamento. Mas que ela seja sentida, mesmo quando eu estiver sem voz, sem o toque de um sofrimento atroz, onde a vida do tempo sempre vai orar por nós.

Somente agora eu compreendi o porquê desta grande dor, pois você cresceu em mim com tanta naturalidade, que só agora nesta oportunidade, é que eu sei que por ti eu vivi congelado por dentro, sem o prazer do teu Amor. E que agora eu confesso não ter a capacidade de me manter, neste escuro momento, e tento me reascender, até chegar perto de você, sem transparecer o meu lamento.

Não sei se posso simplesmente, esconder esta minha súplica latente, porque essa é a única maneira, que eu quero que você me sinta tão profundamente, e que mesmo sob alguma forma de brincadeira, você possa abrir o seu coração para o meu carinho, como o chão se abre para uma semente, para que você deixe todo esse meu sentimento atravessar o teu caminho perenemente.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 28/12/2018
Código do texto: T6537252
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