Oferenda
Aqui parado em frente ao mar,
Em minhas mãos, nada a ofertar.
São muitos pedidos,
Várias coisas a desejar,
Mas nenhuma rosa para te dar.
Se é necessário oferecer para ganhar,
Tenho desejo de me entregar,
Oferenda sou eu, rainha do mar,
Me dê a paz, ó Iemanjá.
Tiro as roupas,
Me lanço ao mar,
Por quanto tempo vou aguentar?
Logo me entrego,
Para te encontrar,
E uma sereia vem me salvar.
“O que faz, vai se matar? “
Vim encontrar a mãe do mar.
“Não faça isso, vim te falar,
O teu futuro, tu vais traçar. “
Foi só olhar e apaixonar,
Com a sereia quero casar.
“Não sei viver em pleno ar,
Se aceitar, vou me acabar. “
Essa imensidão,
Se tornou contemplação.
Desejava ofertar a vida,
Ofertei meu coração.