O NOSSO ESTRANHO CASO DE AMOR.

É etéreo porem até desnecessário o teu corpo me sobrepor, já que nada nos separa nem nos decompõe, e as nossas próprias lembranças nos dispõem, a nos inspirar no Amor. Sinto como também consinto que a tua natureza tão interior, venha me impregnar com o teu cheiro, que em mim ainda permanece por inteiro, nessa mesma razão, que não vai me afastar do desejo dessa interligação, que continua intensamente a me abrasar.

Eu vou reatar a nossa harmonia com uma contemplação, em plena concentração de luz sem forma e que me domina, quando reconheço que estamos atados ao mesmo elo em conecção, que jamais se quebra e que nunca termina. E por essa mensagem escrita em papel especial, que se faz fluir em nossas emoções, em um grau invisível e atemporal, que é incapaz de ser apagada dos nossos corações.

Essa que é uma mensagem relacional, nesse nosso estranho caso de Amor racional, sempre com uma produção referencial de cintilação, na razão direta da nossa unificação. É certo que somos uma bilateralidade imperceptível, ou mesmo uma introdução, de uma sensibilidade desmedida, descabida, por uma resistência que se fez morada em nossa convicção, por uma sensível e tão intima comunicação.

Somos mesmos duas luzes, geradas pela nossa própria luz, somos puramente desenhados e esculpidos para gozar a nossa felicidade, e nada nos conduz, sem uma restituição do julgo da nossa vontade, que nos açoda ao silogismo, esse mecanismo que também continuará nos unindo ano após ano, nessa partilha de vibração, de harmonia em conjunção, com uma pequena fração de fruição, de um mérito não leviano, no desengano que não nos representa, nem vai nos testificar ao nosso enleio, e nem nos mostrar o anseio, que vem justificar todos os nossos meios, dessa afinidade que em nos sobreveio.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 26/12/2018
Código do texto: T6535620
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