Contemporânea Sherazade

Quero deixar de ser sempre contido;

Com temeridade abarcar os ensejos,

E prontamente em teus ouvidos,

Recitar poesias, inúmeros cortejos;

Salvar-te dos pusilânimes açoites,

Dos malogros, das máculas da vida,

Durante sublimes Mil e Uma Noites;

Frisar o quanto és afável e querida.

Tens o viço, a beleza e a sagacidade,

Fascínio; contemporânea Sherazade,

Indulgência entre os teus encantos;

Serenidade, em aprazível acalanto;

Tudo em exímia espontaneidade,

Regozijo esparso que perfuma o ar.

Cada percalço é um colérico sabujo;

E feito o intrépido Simbad, o Marujo,

Em mares revoltos iremos navegar.

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 22/12/2018
Reeditado em 22/12/2018
Código do texto: T6532917
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