POR ESQUECIDO

E em meio a tanta loucura

escrevo uma poesia e explico.

Esquecer-te mesmo que eu sofra,

encher-me de mim mesmo, feito lixo!

E quebrar o encanto desta magia

e brincar com a nossa agonia.

E este berro mudo sufoca o meu grito,

eu, um mostro dentro desta fantasia!

E escondo o que sinto cinicamente

e lá fora a vida chora perdida.

E assim viajo no que escrevi

eu, o poeta, vilão da poesia bandida!

E ali naquela tarde tão triste

e confuso perdemos nossa essência.

E o choro fez coro na despedida

eu, calei-me na tua inocência!

E inventei um jeito de fugir

e de provocar o que tinha sumido.

E meu gesto foi intruso, bloqueou-me

e deixando-me assim, por esquecido!..

____Nillo Sergio.

@poetadobalcao

poetadobalcao
Enviado por poetadobalcao em 20/12/2018
Código do texto: T6531802
Classificação de conteúdo: seguro