AINDA SOBRIO

Brindemos esta emoção.

Flores no jardim do amado,

Sempre uma nova esperança.

Novinho o sabor, não há cálice.

No seio da questão censura,

Na taça, o sabor da liberdade.

De alguma forma nas brancas páginas

De vinho tinto , flores da quaresmeira,

Luto na vida , Ypes cor de rosas.

Transformadas em poesias ou prosas,

Ambas esperando o inverno chegar.

Saudade também se faz matreira.

Verdade é verdade e absoluta

Dos olhos lágrimas em luta.

Do mar , brisas varrem calçadas

Pétalas e gotas derramadas.

Diante do mar aprendo

Que ainda que a onda

Na crista, tende a curvar-se.

Calçadas de mosaicos,

Cacos na avenida

Retrato da vida.

Que não se revela.

O tempo passa e não se vê

O amor que passa e não se conhece

A paixão que passa e não se esquece

A vida que passou e não se viveu.

Rst
Enviado por Rst em 20/12/2018
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