A MULHER E O VINHO
Serve-me um vinho capitoso embriagante
A bela mulher de negros cabelos
Que me enfeitiça com seu sorriso
Tanto e tal qual o vinho faz.
Deixo para trás minha vergonha
E atiro-me a ela sem delongas
Com a taça de vinho na mão.
Ela recebe-me em seu corpo
Com experientes manhas e trejeitos
Fazendo palpitar no meu peito
Um coração locomotiva.
É um vulcão em erupção
O que redunda de tanta volúpia,
Uma explosão de luxúria.
Baco, Dionísio, Eros,
Vênus e Afrodite
Todos semideuses do amor,
Em êxtase clamam pelos poetas
Que eternizem estes momentos ardentes
Em versos de poemas candentes.