Rabo de Sereia
Olhos cor de avelã
Têm íris suavemente verdes
E um Sol brilhando no centro, um pouco marrom
Num corpo com rabo de sereia pagã
Que no movimento alucina as mentes
Desvelando os segredos até de maçom
Não há criptografia, nem chave secreta
Quando se está sob os carinhos de uma mulher
Ela lhe escancara a porta, deixando sua alma aberta
Primeiro, porque não há diferença
Entre a cama do quarto e o sofá da sala de estar
Onde se sente toda sua presença
Ela, como vento de verão, esquenta
Quando deveria, por generosidade, resfriar
Uma iguaria ao alho e à menta
Queimando por dentro
Fazendo o que está fora aumentar
Terra tremendo logo no epicentro