AFLUENTE
Confesso
Sou tributário do seu rio
As flores que levo
São colhidas à beira do meu leito
Vassalo do amor
Enquanto caminho
Borbulho canções de afeto
Que cantarei ao encontrar-lhe
As curvas me atrasam
Me estonteiam
Mas não perco a ternura
Não perco as flores
As quedas me machucam
Mas me ensinam
Fazem-me mais forte e mais transparente
No mais
Um perdido de perdão
Minhas águas negras
Culpa das terras por onde andei