BORBOLETAS
Borboletas que navegam no eterno azul
Alçando vôos libertários, sorrindo
Deixando a tristeza atrás, e os tristes
No letargo da busca irremediável do ausente.
Que não cansam, imbatíveis borbeletas
Infalibilidade irrefutável, que não alcança aos mortais
Sonhos perdidos que as alimentam, borbeletas
Nunca foram, porque nunca estiveram,
Não volverão pois não saíram
Vão, vêm
Amam, odeiam
Posam, voam
Mudando suas cores ( primavera eterna !)
Embelezem-se infatigavelmente.
Em cada vôo?
Amor que vás, quando interessa teu retorno
Voa adorável, cândida
Que alimentarei meus desejos, infinitos,
De viajar na candura de tuas asas
Realizando-me
O dia que por fim me convides a conhecer a magia do equilíbrio
Com que conseguem voar, borboletas.
Livro: Manancial (e-book)