Pequena Morte de Amor
Pulverizou-se no ar o nosso amor,
num fim de tarde quente de verão.
E eu fiquei ali, parado na praia,
estagnado numa fresta do tempo,
no cotovelo de outras dimensões.
E assim permaneci indefinidamente
[o tempo parara!]
Congelado na imaterialidade.
Olhava para as pessoas, o mar,
para as árvores, os animais
Eles continuavam estáticos...
Só eu fluía entre tudo e todos!
Repentinamente fez-se a luz!
Uma luz muito forte, azulada.
Um longo silvo nos ouvidos,
Voz portentosa, meia volta
Estava vivo outra vez.
Só que...Agora,
desejava um amor eterno!