Quereres

Por meu querer já sou suspeito

Já me dizem dedos em riste

Citam a lei da causa e efeito

Querendo me deixar triste

Sede de vida, minha essência

É exagero visto do outro lado

Poderá ser do coração a falência

A busca por ficar adaptado

O querer em desconexão

Está marcado o vilão da história

Fora da curva esta paixão

No seu controle uma sentença expiatória

Sofrimento tatuado na alma

Gravado a ferro e fogo

Até gostaria que o “manter a calma”

Fizesse parte do jogo

Mas certezas vão desbotando

A cada derrota uma dor infligida

Que ficam me questionando

Se eu tratasse diferente minha vida

Mas a alegria lembrada pela paixão

Esta que hoje é considerada um estorvo

Convence meu coração

Que me diz que faria tudo de novo

E busco na escrita companheira

Ouvidos para minhas paranoias

Aqui encontro uma amiga certeira

Sedenta por sentimentos e memórias

Recebe-me de laudas em aberto

Aqui é ela que sempre me pede mais

Não julga e me quer liberto

Deixando-me querer em paz.