Arquipélagos em oceanos
Você pode me ouvir?
Você pode me sentir?
O destino nos separou,
milhas de distância,
arquipélagos em oceanos,
cercados por mares revoltos,
há tantos ciclones,
tempestades caindo sobre nós,
o que poderemos esperar do futuro?
O que faremos no agora?
Não posso mais repetir o passado,
erros enterrados em cemitérios perdidos,
esquecimentos sempre lembrados,
poesias de lágrimas na madrugada,
será o impossível?
será o improvável?
nos dirão o que ser,
nos dirão como ser,
Faremos disso o nosso segredo?
Algemados à uma montanha,
atados à um destino piadista,
numa chuva de estrelas cadentes,
Qual o seu segredo mais obscuro?
Não irás iluminar minha escuridão,
são cem anos de solidão,
não há tempos fáceis,
o que iremos encontrar?
o que faremos nessa angústia?
o que somos?
quem somos?
Como reescrever nossos passos?
Como viver o que temos para viver?
Você sabe dos meus medos,
você conhece meus fragmentos,
talvez não consiga me salvar dos afogamentos...