"Minas", poema em verso livre, leve e solto.

E agora, Matheus?

Quer ir pra Minas

Minas não há mais.

Minas fugiu.

Foi pras gerais.

Longe da arquibancada

do meu Rio.

Janeiro já foi.

Fevereiro é

De Março

me rio.

Me chovo

Cantareiras.

Fecho o verão.

Minas vem não.

Minas foi viajar,

Navegou o oceano

Atlântico, Caríbico.

Trajetos loucos

Traiçoeiros.

Aportou no triângulo

De vestido, o Mineiro.

Minas volta a casa,

Mas a viagem a transformou.

Minas com mar não é Minas

Minas asa ganhou.

Voou e se tornou Maria

santa imaculada.

Dorme pacífica, nos braços.

De quem te faz amada.

Como Luísa, de Chico.

Infelizmente,

De Holanda.

Bem podia ser do meu Brasil.

Que chovam,

Poemas

Anil.

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Já que não vens, Minas,

Vê se te lembras

De um pobre carioca

E sorri.

Praia Seca, fevereiro de 2014.