Doze Horas

Naquela tarde perpassando as estrelas

Gotas azuis sangravam até o límpido mar

Como lágrimas de júbilos duvidosos

Desembocavam em escuros túneis cavernosos

Estreitos e profundos seguindo o horizonte

Onde brilhavam verdes cristais

banhando púrpuras juras de afeto

garratujadas por rotas pedras de giz

Rumo à impetuosas catadupas

entrecortadas por espessa névoa

de intragáveis sabores monocromáticos

até o lúbrico solo de incertezas

gradativamente acumuladas

engendrando afunilado atalho

ao sinuoso caminho

em cujo termo figurava-se frágil luz

mantida acesa por imortal fôlego

fio de esperança

na amálgama vertente da existência

Carmitto
Enviado por Carmitto em 26/11/2018
Código do texto: T6512337
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