FOME DE AMAR

O silêncio é tão profundo, tão

dominante, que acabo sentindo

seus passos, como se estivesse

se aproximando.

Estes momentos são tão gratificantes,

que termino me atrelando a um

diálogo, onde só eu que falo.

O assunto explanado é de uma

natureza só, embora e como sempre,

eu próprio reconheça, que o tema versado

seja muitas vezes dissonante.

E assim, passo a maior parte

do tempo, conversando com

com o nada, que na realidade,

é o único que me entende.

E ao matinar desse alienado e

tresloucado conto, dou conta que

sempre estive só, mas, feliz por ter

confidenciado ao silêncio,

minha fome de amar.

Wil
Enviado por Wil em 13/09/2007
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