Letras 0159 - Desejos meus

Perdoe-me se não sei o que é solidão,

talvez esse escuro seja somente medo,

quem sabe uma estrada fechada

a caminho da última paixão.

O não acaba quando o nunca aparece,

depois do dia não existe mais nada,

nem o calor, nem o frio,

nenhum outro corpo comigo anoitece.

Deixo o tempo olhar meu destino,

não tenho nada de terno no meu hoje,

apenas um pouco de vida um pouco de morte,

estou indo e vindo do meu desatino.

Poderia alguém um dia reinventar o calor,

habitar minha casa, meus desejos,

tornar-se único um dia ou para sempre

e em meu corpo reinventar o amor.

13/09/2007

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 13/09/2007
Código do texto: T650876
Classificação de conteúdo: seguro