Não sigo os teus passos
Não sigo os teus passos
Vou pelo longo caminho
Marcando com pedras
as vielas e becos
nos quais a esmo
me perdi ao negar
que te buscava
ruas esteitas, e
sburacadas, desfeitas,
imperfeitas que antes passei
derrubando pontes ao
horizonte,
atravessei
Não sigo teus passos
Vou pelo caminho estreito
Lento e sinuoso
Com fé dentro do peito
Me ajeito contra a parede
Encontrando o equilíbrio
Minha sede
Não sigo teus passos
Vou pelo caminho inundado
Me afogando no pecado
Encharcado em solidão
Emergindo
Sigo forte
Sei meu norte
Minha mão
Não sigo teus passos
E sem embaraço
Sigo sozinho
Mas sei o caminho
Do teu coração.
Carmo Bráz de Oliveira