AMARRAS

               Soltei às amarras que me prendiam
           A alguém que já não mais me pertencia;
             Sua indiferença me fez agir assim.
                    Sua presença distante

               Apagou a chama de um amor
                Que pensei que era sem fim,
                    Ele foi igual as flores,
             Que desabrocham ao amanhecer

             E, depois de toda à sua apoteótica
              Beleza, perdem à sua formosura;
                   E subitamente murcham
                    Carentes de carinho;

            Sem a luz dos devotados afetos;
                Dos admiradores secretos
              Que afagavam suas pétalas
             Movidos pelo fogo da paixão.

           Se o meu pecado foi lhe amar!
            Saiba que eu pequei demais!
            Que minha voz de sonhador
           Perdeu-se no vazio sem eco;

              Dos sentimentos recíprocos,
           Que enquanto duraram foram lindos
     E marcaram para sempre nossas vidas
JValdomiro
Enviado por JValdomiro em 15/11/2018
Reeditado em 15/11/2018
Código do texto: T6503724
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