AMARRAS
Soltei às amarras que me prendiam
A alguém que já não mais me pertencia;
Sua indiferença me fez agir assim.
Sua presença distante
Apagou a chama de um amor
Que pensei que era sem fim,
Ele foi igual as flores,
Que desabrocham ao amanhecer
E, depois de toda à sua apoteótica
Beleza, perdem à sua formosura;
E subitamente murcham
Carentes de carinho;
Sem a luz dos devotados afetos;
Dos admiradores secretos
Que afagavam suas pétalas
Movidos pelo fogo da paixão.
Se o meu pecado foi lhe amar!
Saiba que eu pequei demais!
Que minha voz de sonhador
Perdeu-se no vazio sem eco;
Dos sentimentos recíprocos,
Que enquanto duraram foram lindos
E marcaram para sempre nossas vidas