Pagina de Amor
Como assusta essa folha branca
Tão longe e afastada
Do meu baú de palavras
O terror do poeta
Decepcionado
Corroído por amores quase sempre perfeitos
Só não perfeitos por esse simples
Quase
Só não eterno por que nada é eterno
Mesmo assim e apesar desse tudo que doi
Procuro no escuro o que sei que não se
Encontra
Lembrança de algo que nunca existiu
Amor simples descomplicado
calado
Mãos que quase não se tocam
Olhando um pôr de sol
Uma manha sem pressas
Um dia de chuva regado por duas taças de vinho
Esses raros momentos
nos quais nada importa
A não ser o amor do momento