DEMÔNIOS

Nas penumbras cotidianas,

Silhuetas me cercam.

Às sombras do dia,

Elas vêm sobre mim.

Perturbam minha paz.

São demônios.

Apoderam-se do meu tino,

Enroscam-me no mal,

Tornando meus tempos opacos

Extraindo minha pureza.

Demônios que mal guiam.

Mantenho-me inerte na luta contra eles,

Pinto estratégias...

No remorso da derrota

Acolho quatro anjos salvadores.

Vou a mim.

Na solidão da caminhada,

Aprisionado nos meus delírios

Apareces angelical,

Fui salvo.

Demônios espalhados,

Vitória espúria.