LISURAS
Como não pensar nela
Depois de a ter abandonado,
Quando precisando de mim
Soltei as velas que trazem ouro egoístico
Na busca falaciosa do bem.
Infortunado raciocínio!
O bem estava nela,
Ela é o bem para suas crias.
Impossível arrancá-la de mim
Sou eu mesmo graças a ela
Continua ali por mim, para mim,
Em espera paciente
De braços abertos qual mãe
A perdoar os seus filhos
Cobrindo-os com seu manto maternal.
Sobre outras savanas pastei,
Em outros braços fui acolhido,
Colmado de abraços sobrevivi,
Mas, nada igual sem ti.
És teu calor, oh mãe gentil
Que me faz feliz
Ser eu igual a mim.