ZANELATO

Queria decifrar o que sinto, olhando, mesmo que em vultos, teus olhos

E como mexem com minhas marés, teu sorriso, minha lua.

Queria decifrar o que sinto ao tocar, inda que num fio de meu pelo, teus dedos

E como me encharcam os dilúvio's sentimentos que brotam do teu corpo, meu céu.

Queria decifrar o que sinto quando me fito perdido nos detalhes de você

E como quando, perdido, me encontro abandonado nos teus braços, meu mapa, por horas.

Queria decifrar o que sinto deitado em teu colo amanteigado de ternura

E como fracionado fico em cada necessária partida e quando me diz '"adeus", meu caos.

Relutante, quero decifrar como nossos corpos calados falam

E como me faz bem esse silencioso jeito de gritar...

É que cada certeza que tenho é duvidosa... cada justificativa é vã... e cada tempo é nada... quando estou dentre teu abraço, meu lugar.

Diogo Acrizio
Enviado por Diogo Acrizio em 05/11/2018
Reeditado em 05/11/2018
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